Se você for a festa do pelô, e se você não for...ou o dia em que conheci o Pelourinho

Cheguei em Salvador as 02:15 da madrugada, meu vôo foi tranqüilo, fiz apenas uma escala no Rio de Janeiro, nem desci do avião, sai de Porto Alegre em meio a um ciclone que fez com que chovesse durante 03 dias.
Do aeroporto de Salvador até o hotel foram longos 30 minutos de taxi e 85 reais, putz caro né? aqui em Pelotas, da rodô, até minha casa pago uns 10 pila e ainda rola desconto, turista não tem mole, embora eu estivesse a trabalho.
Cheguei no Colonial Chile Hotel, hotel onde em 1946 se hospedou a ilustre figura de Pierre Verger assim que chegou na Bahia, quem foi Pierre Verger? clique aqui
Larguei minha bagagem e me mandei para o Pelourinho, sozinho, as 03:15 da madrugada, acostumado a andar no "navéga" altas horas da matina, nem ouvi as recomendações do recepcionista do hotel me alertara sobre o avançado das horas...dei de ombros e desci a escadaria de madeira do Chile Hotel.
Rua Chile deserta, passo pelo elevador Lacerda, por muita gente morando na rua, pela porção tropical do brasil, pela Praça Castro Alves, pela sacizada, que é o nome que dão a galera que fuma crack, por músicos da rua, da noite, por policiais, viaturas, por ladeiras, bares, sotaques, por muitas igrejas, pelas baianas pela Baia de todos os Santos, por vezes tive a impressão de estar dentro de um livro de Jorge Amado, em pouco tempo eu já trocava uma idéia com o pessoal local, fui até a baixa do sapateiro e caminhei por esse local mítico e por seus arredores até as 05:00 indo, por onde segundo o recepcionista do hotel nem a malandragem andava, beleza, fiz de conta que não sabia de nada e andei!